Clonagem
Clonagem
A clonagem é um processo artificial pautado na reprodução de cópias genéticas (organismos idênticos) de determinados seres vivos através de um filamento de DNA. Assim, a clonagem, ao invés de utilizar os gametas sexuais masculino (espermatozoides) e feminino (óvulos) é realizada usando as células somáticas; em outras palavras, retira-se o núcleo da células, e coloca-se no lugar uma célula somática.
A primeira clonagem aconteceu em 1996, no Instituto Roslin, na Escócia, por um grupo de embriologistas liderado pelo doutor Ian Wilmut, os quais criaram o primeiro mamífero por meio da técnica chamada de “Clonagem Reprodutiva”, uma ovelha que ficou conhecida como “Dolly”, produzida através de uma célula somática de glândula mamária de um animal adulto.
Tipos de Clonagem
Há 4 tipos de clonagem:
- Clonagem Natural: é o caso dos gêmeos univitelinos, seres idênticos que possuem o mesmo genoma.
- Clonagem Induzida: reprodução assexuada realizada artificialmente em laboratório através de duas células mãe, que produzirão seres idênticos, ou clones.
- Clonagem Reprodutiva: processo de reprodução assexuada através de células somáticas, ou seja, qualquer célula do corpo, exceto os gametas sexuais (óvulo e espermatozoide).
- Clonagem Terapêutica: técnica utilizada para a reprodução de células-tronco, muito semelhante à clonagem reprodutiva, contudo, não é introduzida no útero.
Um clone pode ser definido como uma população de moléculas, células ou organismos que se originaram de uma única célula e que são idênticas à célula original. Em humanos, os clones naturais são os gêmeos idênticos que se originam da divisão de um óvulo fertilizado.
O núcleo da célula contém os 23 pares de cromossomos
Todos nós já fomos uma célula única, resultante da fusão de um óvulo e um espermatozoide. Esta primeira célula já tem no seu núcleo o DNA com toda a informação genética para gerar um novo ser. O DNA nas células fica extremamente condensado e organizado em cromossomos. Com exceção das nossas células sexuais, o óvulo e o espermatozoide que têm 23 cromossomos, todas as outras células do nosso corpo têm 46 cromossomos. Em cada célula, temos 22 pares que são iguais nos dois sexos, chamados autossomos e um par de cromossomos sexuais:
XX no sexo feminino e XY no sexo masculino. Estas células, com 46 cromossomos, são chamadas células somáticas.
Voltemos agora à nossa primeira célula resultante da fusão do óvulo e do espermatozoide. Logo após a fecundação, ela começa a se dividir: uma célula em duas, duas em quatro, quatro em oito e assim por diante. Pelo menos até a fase de oito células, cada uma delas é capaz de se desenvolver em um ser humano completo. São chamadas de totipotentes. Na fase de oito a dezesseis células, as células do embrião se diferenciam em dois grupos: um grupo de células externas que vão originar a placenta e os anexos embrionários, e uma massa de células internas que vai originar o embrião propriamente dito. Após 72 horas, este embrião, agora com cerca de cem células, é chamado de blastocisto.
É nesta fase que ocorre a implantação do embrião na cavidade uterina. As células internas do blastocisto vão originar as centenas de tecidos que compõem o corpo humano. São chamadas de células tronco embrionárias pluripotentes. A partir de um determinado momento, estas células somáticas - que ainda são todas iguais - começam a diferenciar-se nos vários tecidos que vão compor o organismo: sangue, fígado, músculos, cérebro, ossos etc. Os genes que controlam esta diferenciação e o processo pelo qual isto ocorre ainda são um mistério.
O que sabemos é que uma vez diferenciadas, as células somáticas perdem a capacidade de originar qualquer tecido. As células descendentes de uma célula diferenciada vão manter as mesmas características daquela que as originou, isto é, células de fígado vão originar células de fígado, células musculares vão originar células musculares e assim por diante. Apesar de o número de genes e de o DNA ser igual em todas as células do nosso corpo, os genes nas células somáticas diferenciadas se expressam de maneiras diferentes em cada tecido, isto é, a expressão gênica é específica para cada tecido. Com exceção dos genes responsáveis pela manutenção do metabolismo celular (housekeeping genes) que se mantêm ativos em todas as células do organismo, só irão funcionar em cada tecido ou órgão os genes importantes para a manutenção deste. Os outros se mantêm "silenciados" ou inativos.
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